sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

A Origem do Dia da Mentira

Há muitas explicações para o 1 de abril ter se transformado no Dia das Mentiras ou Dia dos Bobos. Uma delas diz que a brincadeira surgiu na França. Desde o começo do século XVI, o Ano Novo era festejado no dia 25 de Março, data que marcava a chegada da primavera. As festas duravam uma semana e terminavam no dia 1 de abril.
Em 1564, depois da adoção do calendário gregoriano, o rei Carlos IX de França determinou que o ano novo seria comemorado no dia 1 de janeiro. Alguns franceses resistiram à mudança e continuaram a seguir o calendário antigo, pelo qual o ano iniciaria em 1 de abril. Gozadores passaram então a ridicularizá-los, a enviar presentes esquisitos e convites para festas que não existiam. Essas brincadeiras ficaram conhecidas como plaisanteries.
Em países de língua inglesa o dia da mentira costuma ser conhecido como April Fool's Day ou Dia dos Tolos, na Itália e na França ele é chamado respectivamente pesce d'aprile e poisson d'avril, o que significa literalmente "peixe de abril".
No Brasil, o 1º de abril começou a ser difundido em Minas Gerais, onde circulou "A Mentira", um periódico de vida efêmera, lançado em 1º de abril de 1848, com a notícia do falecimento de Dom Pedro, desmentida no dia seguinte. "A Mentira" saiu pela última vez em 14 de setembro de 1849, convocando todos os credores para um acerto de contas no dia 1º de abril do ano seguinte, dando como referência um local inexistente.
Tradicionalmente, supõe-se que as peças encerrem à meia-noite. Supõe-se que os feitos posteriormente tragam a má sorte ao perpetrador. Contudo, isto não é universalmente aceito, e muitas peças já foram praticadas depois da meia-noite.
Alguém que não consegue aceitar os truques, ou tirar proveito deles dentro do espírito da tolerância e do divertimento também deve sofrer com a má sorte. Também se diz que aquele que for enganado por uma bonita menina será recompensado com o matrimônio, ou pelo menos a amizade dela.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Descoberta de Cobra fossilizada



Nova técnica explica evolução das serpentes

2011-02-08
                                                                                
Uma nova técnica com aplicação em fósseis ajuda a perceber como é que as serpentes deixaram de ter patas. A tecnologia utiliza raio-X para fazer a reconstrução dos fósseis em três dimensões foi especialmente desenvolvida para analisar amostras planas de tamanho grande. No entanto, é a primeira vez que é usada para estudar fósseis. O estudo vem publicado no «Journal of Vertebrate Paleontology».
O grupo internacional de investigadores, liderado por Alexandra Houssaye, investigadora do Museu Nacional d'Histoire Naturelle em Paris, França, conseguiu detectar uma segunda pata graças a este método. O membro, no fóssil de uma antiga serpente – a Eupodophis descouensi –, com 95 milhões de anos e encontrado há dez anos no Líbano, não era invisível à primeira vista.
A pata tem dois centímetros de longitude e esta unida à pélvis da serpente (que devia medir uns 50 centímetros ao todo). Para o estudo, usaram um potente raio-X, e a equipa incluiu ainda cientistas do Laboratório Europeu de Radiação Síncrotron (ESRF) em Grenoble, França, além do Instituto de Tecnologia de Karlsruhe (KIT), na Alemanha.
Até à data, foram encontradas muito poucas serpentes fossilizadas que conservem ossos e patas e, por isso, os paleontólogos consideram esta a chave para estudar estes exemplares.
Alexandra Houssaye, autora principal do estudo, sublinha que este estudo é importante para entender o grau de regressão dos membros, mas não pode ser determinado apenas pela pata visível, mas também por alguns pequenos ossos.
As imagens a 3D e a alta resolução revelam que a estrutura interna das patas é muito semelhante à dos actuais lagartos terrestres. Contudo, os dados obtidos serão combinados com outras investigações que estão a decorrer, no sentido de determinar as origens das serpentes no mar e na terra.

Fonte: Ciência Hoje.

Essa descoberta é mais uma das diversas pontes que o Homem precisa construir para preencher as lacunas da evolução dos seres vivos no nosso planeta, principalmente neste espaço vazio que existe entre o desaparecimento dos dinos e o surgimentos do homem primata. Os dinossauros desapareceram ou estão no meio de nós, como animais que precisaram evoluir para sobreviver num novo ambiente reconstruído após a queda do meteoro? Esse é o grande mistério do nosso processo evolutivo.

Luciano.