sábado, 6 de março de 2010

Deus do Vento Asteca

Importante templo asteca descoberto debaixo de estacionamento no México
 
 
MÉXICO — Um templo dedicado a Ehecatl (Deus do vento), parte da área sagrada da cidade asteca de Tenochtitlan e onde podem ter sido feitos sacrifícios humanos, foi encontrado debaixo de um estacionamento no centro histórico da capital mexicana. Arqueólogos mexicanos fizeram a descoberta em dezembro passado na extinta cidade pré-hispânica, quando examinavam um prédio que até semanas atrás era o estacionamento de um hotel e onde os proprietários queriam fazer obras de ampliação. "É uma das descobertas mais importantes dos últimos anos", disse à AFP Raúl Barrera, diretor do Programa de Arqueologia Urbana do Museu do Templo Maior (centro religioso de Tenochtitlán) e chefe das escavações. Atrás de um antigo portão de madeira verde, em uma movimentada rua da capital mexicana, um trator trabalhava abrindo um buraco no qual uma dezena de especialistas deixaram descoberta a parte traseira da estrutura circular, construída entre 1486 e 1512. Semanas antes da descoberta, apenas um seleto grupo de pessoas teve acesso aos restos já descobertos de dois pilares superiores do templo, um deles quase intacto, assim como a base circular no centro da pirâmide, sobre a qual originalmente se erguia uma estrutura em forma cilíndrica.
De acordo com as referências históricas, este templo construído para adorar Ehecatl tinha 14 metros de diâmetro, um teto cônico de palha e uma entrada em forma de boca de serpente, relacionada ao deus Quetzalcoatl ('serpente emplumada', na língua nahuatl). No entanto, a parte frontal do templo não poderá voltar à superfície porque se encontra enterrada sob um prédio colonial contíguo que atualmente sedia o centro cultural Espanha, considerado patrimônio histórico. "A forma circular se relaciona com o redemoinho e, na cosmovisão, é uma alegoria, mas sua forma arredondada permite que o vento circule", acrescentou Barrera. "As fontes históricas mencionam que neste edifício eram realizados sacrifícios humanos", mas ainda não foram encontradas ossadas com marcas desta prática ou alguma representação em pintura que o confirme, afirmou Barrera ao visitar os trabalhos arqueológicos. No número 16 da rua da Guatemala, onde foi feita a nova descoberta, se misturam pedras da construção do templo asteca, vestígios de um edifício colonial erguido no século XVI, que veio abaixo no grande terremoto de 1985, e materiais da construção que abrigou o estacionamento. "Os restos do jogo de bola (mesoamericano) também estão sepultados na rua da Guatemala, muito perto daqui, e ao norte estariam os restos do edifício que foi o Calmecac", a escola dos nobres astecas, explicou. O templo de Ehecatl, relacionado com Tlaloc (Deus da chuva) e a agricultura, bem como o jogo de bola, vinculado à guerra, eram lugares sagrados para os astecas, que fundamentavam sua cultura nestas duas atividades. O cenário neste pequeno prédio é uma amostra do que acontece em cerca de 250.000 metros quadrados do centro histórico da capital mexicana, onde convivem diferentes épocas da História, uma sobre a outra, com uma dezena de edificações subterrâneas que formavam o centro sagrado de Tenochtitlan.

Egito Antigo

Descoberto no Egito sarcófago de rainha desconhecida
 
 
CAIRO — Uma missão de arqueologia francesa descobriu, perto do Cairo, o sarcófago de uma rainha da sexta dinastia até agora desconhecida, anunciou nesta quarta-feira o serviço de antiguidades egípcias.
Identificada como Bahnu, ela foi "uma das rainhas da VI dinastia, que reinou no Egito de 2.374 a 2.192 antes de Cristo. Mas, por enquanto, não sabemos se era esposa de Pepi I (2.354-2.310) ou de Pepi II (2.300-2.206)", revelou, em comunicado, o chefe do Conselho Supremo de Antiguidades (CSA), Zahi Hawass. Segundo Philippe Collombert, chefe da equipe francesa, se tratava "provavelmente" da esposa de Pepi II. "Estamos contentes por acrescentar uma rainha até agora desconhecida à história do Egito", disse à AFP Collombert, que é diretor da missão arqueológica francesa de Saqqara e professor da Universidade de Genebra. A missão fazia escavações na pirâmide que se revelou ser da rainha Bahnu, situada entre um grupo de pirâmides de rainhas, perto da do faraó Pepi I, ao sul da pirâmide escalonada de Saqqara, ao sul do Cairo. A equipe descobriu o sarcófago de 2,6 metros de comprimento e um de altura na câmara funerária.
Em uma lateral do sarcófago, hieróglifos indicam que a rainha é "a esposa do rei e sua amada".
No entanto, a câmara sofreu alguns saques, provavelmente na época do "primeiro período intermediário" (por volta de 2.200 antes de Cristo). No interior do sarcófago não há mais nada além de bandagens de linho que serviram para envolver a múmia de Banhu, pedaços de madeira, fragmentos ósseos e cacos de cerâmica.
Galal Muawad, inspetor de antiguidades que trabalhou com a equipe francesa, destacou que descobertas deste tipo são muito pouco frequentes. "A raridade deste sarcófago (...) se deve ao fato de que o corpo principal é de granito rosa, enquanto a tampa é de basalto negro", disse.

terça-feira, 2 de março de 2010

A Origem dos EUA



                         Historiadora confirma participação de angolanos na criação dos EUA


Luanda – A investigadora em antropologia cultural e cineasta americana Sheila Walker afirmou segunda-feira, em Luanda, que os escravos oriundos de Angola participaram activamente na criação dos Estados Unidos de América (EUA). Sheila Walker avançou esta informação durante a sua prelecção na  palestra sob o tema “A presença angolana nas américas”, na perspectiva histórico-antropológica, realizada, no Museu Nacional de Antropologia de Angola, pela Embaixada dos Estados Unidos da América (EUA). A académica disse que, ao contrário das antigas teorias que apontavam para os ingleses como os únicos criadores dos EUA, estudos mais recente indicam que angolanos e os índios da tribo Pawhattans participaram também na criação do Estado americano. “Estudos mais recentes apontam três povos que interviriam na criação dos EUA, que são a tribo indígena, Pawhattans, os ingleses e os angolanos, para comprovar este facto há vários registos disponíveis em museus, e até em cinema”, reafirmou. Explicou que aqueles escravos, provenientes de Angola (15 homens e 17 mulheres), foram os primeiros africanos a chegarem nos EUA,  propriamente no Estado de Virgínia, no início do século 17, quando foram desviados de um barco espanhol, que se dirigia para o México, por um navio inglês. A presença angolana nas américas, de acordo com a palestrante, estende-se desde a Argentina até ao Canadá, com maior incidência nos EUA, onde há uma forte presença do nome Angola na culinária, nas ruas e numa prisão, assim como muito dos seus hábitos, costumes, rituais, danças, entre outros aspectos culturais. Outra palavra muito usual e presente nos EUA e o Congo, relacionado com o rio e o reino com o mesmo nome, que os americanos utilizam muito, salientou. Por outro lado, a pesquisadora recordou que o processo da escravatura não se limitou a levar para as américas indivíduos para servirem de mão de obra barata nas grandes plantações, mas também os europeus buscaram em Africa pessoas com certo conhecimento no ramo da medicina, agricultura, culinária, mineiro entre outros sectores de desenvolvimento.
 “A escravatura serviu também para os europeus fazerem a transferência de cérebros e de indivíduos com algum conhecimentos para as américas, para desenvolverem vários sectores nos quais os africanos eram peritos”, sublinhou.  Agência AngolaPress - 23/02/2010.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Cana ameaça sítio de fósseis no Estado de São Paulo

 
Fóssil do Baurusuchus Salgadoensis
 



O Ministério Público Federal (MPF) deu prazo de cinco dias para que técnicos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) visitem, cerquem e façam a segurança de sítios paleontológicos da região noroeste do Estado de São Paulo, que estão sendo ameaçados por plantações de cana-de-açúcar. O prazo foi dado pelo procurador da República de Jales, Thiago Lacerda Nobre, que abriu investigação para levantar os efeitos nocivos da monocultura da cana nessas áreas.Os sítios ficam nos municípios de General Salgado, Auriflama e São João de Iracema, onde, em 2001, pesquisadores encontraram o crânio do Baurusuchus salgadoensis, um crocodilo que viveu há 90 milhões de anos na região e agora, reconstituído inteiramente, faz parte de um dos mais importantes acervos da paleontologia brasileira.O mérito pela descoberta foi do estudante Clésio Felício, então com 13 anos. Há cerca de 20 anos, ele caminhava numa estrada de General Salgado quando encontrou um dente serrilhado: era a primeira peça do quebra-cabeça paleontológico que levou os cientistas à região.
De acordo com Nobre, o cultivo da cana estaria colocando em risco os cemitérios de fósseis e comprometendo novas descobertas. Em alguns casos, as plantações estão a menos de 50 metros de distância dos cemitérios de fósseis. Segundo os pesquisadores, o manejo do solo para preparação e plantio da cana e o tráfego de máquinas pesadas podem destruir os fósseis e mudar o trajeto das águas de chuva, causando erosões nos jazigos. "Além disso, há informações de que fósseis estariam sendo retirados por curiosos", disse. Nobre também acionou as prefeituras dos três municípios para saber quais ações elas tomaram para proteger os sítios. "A proteção do patrimônio arqueológico deve ser feito pelas três esferas, União, Estado e municípios."

Chico Siqueira

 
Infelismente é uma realidade do nosso país, o descaso com nossos patrimônios, falta investimento do governo em conscientização cultural. Como a sociedade brasileira vai proteger seu patrimônio, se na visão dela não é importante? Tudo começa no número de proficionais formados em Arqueologia, Antropologia e Antropologia, ciências de grande importância para a construção do conhecimento da evolução das espécies e do próprio Homem. Quantas universidades oferecem tais cursos? Muitas vezes são apenas disciplinas da grade curricular do curso de História. Essa não é apenas uma realidade do campo, mas também dos centros urbanos. Quantos projetos urbanos são especionados por pesquizadores? Vários sítios arqueológicos são destruídos ou depredados, os fósseis acabam no mercado negro e são apresentados em exposições fora do país. A pré-história é um quebra cabeça a ser montado e cada fóssil é uma dessas peças, se uma se perde, fica um espaço vazio e o conhecimento incompleto. Resgatar o cientista que há dentro de nós é contribuir para a solução desse ministério chamado EVOLUÇÃO.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

 Lula visita Cuba: o encontro de dois mitos da história política da América.

É um fato histórico esse encontro entre Lula e os irmãos Castros, mesmo que os seus críticos não suportem a idéia, mas Fidel construiu um país socialista livre da influência norte america, um país livre do analfabetismo e ainda mais, com uma das mais eficientes biotecnologia do mundo. O outro, Lula, deu ao Brasil o status de grande potência mundial, protetor da Amárica Central e Sul, pela ONU. Um Brasil que empresta dinheiro aos americanos, onde e quando poderíamos imaginar tudo isso. Temos um presidente socialista, governando um país capitalista, também livre da influência americana... Soberano... Independente. Visitem o site abaixo e conheçam um pouco mais desta História Viva e Presente.
http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL1504037-5601,00.html

Hominídios Navegantes

Os Navegantes da Ilha de Creta



Novas descobertas arqueológicas apotam que migrações pelo Mediterrâneo iniciaram por volta de 130 mil a. C., o que podem mudar as teorias existentes sobre as migrações humanas no período da pré-história.
"Seres humanos em estágio inicial de evolução, ou até mesmo seus antepassados pré-humanos, podem ter saído ao mar muito antes do que qualquer pesquisador imaginava. É essa a surpreendente conclusão a que descobertas feitas nos dois últimos anos na ilha de Creta parecem conduzir.
Algumas ferramentas de pedra encontradas lá, dizem arqueólogos, têm pelo menos 130 mil anos de idade e são consideradas como fortes indícios das primeiras atividades de navegação como Mediterrâneo; as descobertas podem resultar em uma reavaliação das capacidades marítimas de culturas pré-humanas.
Creta é uma ilha há mais de cinco milhões de anos, o que significa que os responsáveis pela produção das ferramentas devem ter chegado a ela de barco. Assim, isso parece empurrar para 100 mil anos mais cedo do que se imaginava a história das travessias do Mediterrâneo, dizem especialistas em arqueologia da Idade da Pedra. As descobertas anteriores de artefatos mostram que pessoas haviam chegado a Chipre, algumas das demais ilhas gregas e possivelmente à Sardenha há no máximo 10 ou 12 mil anos.
A mais antiga travessia marítima já registrada e confirmada foi a do Homo sapiens anatomicamente moderno para a Austrália, iniciada cerca de 60 mil anos atrás. Também existe uma corrente sugestiva de indícios, especialmente esqueletos e artefatos encontrados na ilha de Flores, Indonésia, sobre a possibilidade de jornadas marítimas para novos habitats empreendidas por hominídeos anteriores.
Ainda mais intrigante é que os arqueologistas responsáveis pela descoberta das ferramentas em Creta tenham percebido que o estilo dos machados encontrados sugere que eles podem ter se originado 700 mil anos no passado. A conclusão talvez seja um tanto forçada, reconheceram, mas as ferramentas se assemelham à tecnologia de trabalho em pedra conhecida como acheulense, originada entre populações pré-humanas na África".   The New York Times / Tradução: Paulo Migliacci ME, 20/02/2010.

Essa descoberta mostra que as teorias das migrações entre os continentes não ocorreram apenas nas Eras Glacias, através do Estreito de Bering, mas também  pelo mares, utilizando pequenos barcos de uma ilha para a outra, consumindo suas reservas naturais. Embora, isso só pode ter ocorrido em pequenas distâncias, como é o caso das ilhas do Oceano Pacífico. Essa é uma História da Evolução Humana em contrução, faz parte dos mistérios de nossa origem e dos nossos caminhos no futuro da Humanidade.